terça-feira, 24 de dezembro de 2013

EMANUEL O VERDADEIRO SENTIDO DO NATAL


“Por isso o Senhor mesmo lhes dará um sinal: a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e o chamará Emanuel.” (Isaías 7:14). 


Os nomes usados pelos povos antigos para chamar pessoas são mais que meras palavras, pois contam a própria história dos indivíduos. Quando os pais escolhiam os nomes dos filhos, tinham todo o cuidado de fazer com que eles tivessem seu significado ligado à história de seu povo, da sua família e da própria criança. Veja, por exemplo, os nomes que foram dados aos filhos de Jacó, no livro de Gênesis. Por sinal, esta é uma prática adotada até hoje pelos povos primitivos, como os índios do Brasil.

A palavra Emanuel é mais que um nome. É um termo hebraico que significa literalmente “Deus está conosco” (veja Mt.1:22,23). Este significado é a própria história do Deus encarnado, Jesus Cristo, que permeia as páginas da Bíblia, particularmente as do Novo Testamento, e também permeia as nossas vidas. 

No prólogo do Evangelho de João temos a seguinte declaração: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai.” (Jo.1.14). Esta mesma declaração está em 1João 1.1,3: “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos próprios olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam, a respeito do Verbo da vida, sim, o que vimos e ouvimos isso vos anunciamos.”. Tanto no evangelho como na carta, João estava respondendo a afirmações heréticas diversas que já estavam surgindo no final do primeiro século, no sentido de negar a encarnação do Filho de Deus. Jesus correspondeu, de fato, ao nome que lhe foi dado por profecia - Emanuel. Ele esteve conosco em carne e osso (veja também 2Pd.1.16-18). 

Na carta aos Gálatas 4.4, Paulo diz: “Vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da lei”. E na mesma carta Paulo afirma: “Vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim.” (Gl.2.20). Em 2Coríntios 5.19 temos: “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo.”. A encarnação é um fato estabelecido também para Paulo, que lhe dá um profundo sentido teológico nas suas cartas, principalmente em Filipenses 2.5-11, que era também um grande hino da igreja primitiva. Jesus, que como Filho era da mesma natureza de Deus, encarnou-se, humilhou-se e morreu por nós na cruz. Ainda que para nós este seja um mistério insondável, Jesus foi Emanuel também na cruz. Ali Deus estava também conosco.

Na carta aos Hebreus 2.14 e 17 temos: “Portanto, visto como os filhos são participantes comuns de carne e sangue, também ele semelhantemente participou das mesmas coisas. Convinha que em tudo fosse semelhante a seus irmãos, para se tornar um sumo sacerdote misericordioso e fiel nas coisas concernentes a Deus, a fim de fazer propiciação pelos pecados do povo.”. O desconhecido autor dessa carta afirma que a encarnação foi a única solução encontrada por Deus para salvar o homem, porque foi dessa forma que ele não só se identificou com o homem finito e pecador, como o substituiu, sofrendo a sua punição na cruz. Somente o Jesus Emanuel poderia ser o sacerdote perfeito e eterno ( Veja Hb.7.26-28). 

Em Mateus 28.20 temos esta promessa: “Eu estou convosco até a consumação dos séculos.” Jesus já havia ressuscitado e estava a poucos minutos da sua ascensão aos céus, mas desejou tranqüilizar seus discípulos, dizendo que não ia ausentar-se: “Não tenham medo, eu continuo com vocês.” Após a ressurreição Jesus continua sendo o Emanuel. Embora já glorificado, ele continua conosco. Aliás, foi somente após a sua ressurreição que os discípulos experimentaram toda a plenitude do fato de Deus estar com eles.

E finalmente, o livro do Apocalipse nos fala que “o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles. Ele enxugará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.” (Ap.21.3-4). E ainda diz que no céu “estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão e verão a sua face” (Ap.22.3,4a). Estas passagens nos mostram que o Jesus Emanuel esteve, está e estará conosco. Ele é o mesmo Emanuel ontem (na encarnação), hoje (ressurreto) e para sempre (exaltado à destra do Pai). Neste última condição, entretanto, ele não precisará deixar a sua glória para estar conosco. Nós é que iremos para a sua glória, para estar com ele eternamente. Amém.

FONTE: Prazer da Palavra

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