terça-feira, 13 de agosto de 2013

Os Quatro Calices

pessachA cultura judaica é uma das mais fascinantes do mundo. Os judeus até hoje celebram a Páscoa com quatro cálices. Neste momento você deve estar se perguntando: De onde veio a ideia dos quatro cálices? Os exegetas judeus observaram um detalhe interessante no livro do Êxodo 6.6,7 onde há quatro verbos que se destacam.


“Portanto, dize aos filhos de Israel: Eu o Senhor, vos tirarei [1] de debaixo das cargas dos egípcios, e vos livrarei [2] da servidão, e vos resgatarei com braço estendido [3] e com grandes juízos. Versículo 7: Eu vos tomarei [4] por meu povo [...]” (Ex 6.6,7). Eles também relacionam estes quatro verbos as quatro letras do nome inefável do Eterno, o tetragrama sagrado: Yod, Hei, Wav, Hei
A Palavra de Deus é um livro incomparável e magnífico. No evangelho de Lucas 22, temos quatro cálices também!

Vejamos:



Lucas 22.17: E, tomando um cálice [1]
Lucas 22.20: Semelhantemente, tomou o cálice [2]
Lucas 22.42: “[...} passa de mim este cálice [3]
Lucas 22.18: “[...] não beberei do fruto da vide [4]

Perceba que os cálices no texto de Lucas não estão em uma ordem cronológica. O versículo 18 aponta para o cálice que “beberemos” por ocasião das bodas do Cordeiro.
Agora, o que desejo destacar, é o 3º cálice, em que encontramos o verbo: “resgatarei com braço estendido”. Esse foi o cálice que Jesus, o Filho de Deus, pediu ao Pai para que ele não tomasse, quando orava no Getsemani. Todavia, sabemos que o Pai não ouviu sua oração. Jesus teria que sorver toda a ira de Deus e levar sobre si os pecados do mundo. Surge a pergunta: “Onde Jesus tomou este cálice”? Na cruz, com o braço estendido! Ele nos resgatou com braço estendido! Oh profundidade das riquezas! É por este motivo que devemos amar e estudar a Bíblia. Ela é perfeita, bela, incomparável.

Eles tinham como destino uma terra abençoada. Para um povo que viveu tanto tempo sem uma pátria, a Páscoa prometia uma terra rica, abençoada sob o governo redentor de Deus. O texto de Êxodo 12.25 diz: “E acontecerá que, quando entrardes na terra que o Senhor vos dará…”. Mais tarde, Josué disse: “E eu vos dei a terra em que não trabalhaste, e cidade que não edificaste, e habitais nela e comeis das vinhas dos olivais que não plantaste” (Js 24.13).

Assim, tendo reiniciado a contagem dos dias, experimentando a liberdade, guardados do poder destruidor da morte e indo em direção a uma terra rica, não é de admirar que a Páscoa tinha um clima de festividade indizível. Contudo, há de se observar que a celebração da Páscoa não tinha como objetivo centralizar a atenção do povo nas bênçãos que lhe foram outorgadas, mas no Deus Eterno, que era a fonte de tudo e os abençoara. 

Assim como o povo de Israel entrou na terra da promessa, nós, que conhecemos a Jesus, o Cordeiro de Deus, e reconhecemos seu senhorio, entraremos na Jerusalém celestial, a cidade cujo arquiteto é o próprio Deus. Amém!

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