LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Provérbios 5.1-5; Mateus 5.27-28
Infidelidade:Procedimento de infiel; deslealdade, traição, perfídia.
COMENTÁRIO
introdução
Qual a dor emocional mais forte? Pessoas que passaram pela experiência de ser traído descrevem que foi como se uma faca tivesse atingido seu coração, dilacerando-o. A infidelidade conjugal (adultério), do hebraico na’aph é uma das práticas condenadas nos Dez Mandamentos: “Não adulterarás” (Êx 20.14). A infidelidade conjugal é um dos fatores mais desastrosos, danosos de uma relação. Ela desequilibra as esferas emocional, familiar, espiritual, social, profissional e sexual do indivíduo. Provoca danos, muitas vezes, irreversíveis. Se as pessoas previssem ou antecipassem as consequências da traição, provavelmente pensariam melhor antes de, irracionalmente, darem vazão aos sentimentos e desejos impulsivos que o levaram a tal. A impulsividade impede de o infiel medir a consequência entre seu ato impensado e a culpa e o prognóstico diante disso. Até mesmo para uma sociedade corrompida e à parte da ética cristã, a infidelidade conjugal é inaceitável, mesmo que a mídia tente impor esse estilo de vida como prática socialmente aceitável. Porém, para nós, o adultério é e continuará a ser uma ofensa ao próprio Deus. Nesta lição, refletiremos a respeito desse terrível mal que vem infelicitando as famílias. Tenhamos todos uma excelente e abençoada aula!
I. ADULTÉRIO, UM GRAVE PECADO
1. Conceito e origem da palavra. Adultério é uma palavra que derivou da expressão em latina ad alterum torum que significa literalmente na cama de outro(a)que designava a prática da infidelidade conjugal e com o tempo se estendeu ao sentido de fraudar ou falsificar adjeta ao verbo “adulterar”. “ato de se relacionar com terceiro na constância do casamento”, é considerado uma grave violação dos deveres conjugais por quase todas as civilizações de quase toda a história, sendo que algumas sociedades puniam gravemente o cônjuge adúltero e/ou a pessoa com quem praticava o ato, sendo ambos passíveis de morte. A palavra hebraica usada para adultério no Antigo Testamento é na’aph, que é derivada das palavras aramaicas na’ªpûp e ni’ûp, e aparece somente na Tanakh. Na’aph significa exclusivamente relações sexuais ilícitas entre pessoas casadas ou comprometidas. A palavra adultério e derivadas ocorre 34 vezes no AT. Além da conotação sexual, o adultério também é definido no Antigo Testamento como uma ofensa às leis acerca do matrimônio. Além de quebrar a união matrimonial, ele é encarado, quando o adúltero é casado, como uma ofensa ao marido da amante, e quando a adúltera é casada, como uma ofensa ao seu próprio marido. Também ele é definido como uma atitude contra Deus (Jo 31.11), contra a sociedade, como uma desonra a Deus ao colocar a vontade humana sobre a vontade divina (Gn 2.24), um ato de rebeldia, um meio de destruir a própria reputação (Pv 6.32,33) e um jeito de prejudicar a própria mente (Os 4.11-14). No Novo Testamento, a primeira adição ao assunto está em Mt 5.27,28. O texto traduzido literalmente diz: “Mas eu digo a vós que, qualquer um que olhar para uma mulher para cobiçar após ela, já tem cometido adultério com ela em seu coração“. Na ocasião Jesus discursa sobre a fidelidade própria do reino. Em seu discurso faz a diferença entre moralismo externo e os desejos do coração. O termo grego para “adultério” é moicheúseis, e para “cobiçar” epithumesai, que no contexto implica em ansiar, desejar possuir. Jesus foi para além da letra da Lei e dos comportamentos aparentes, enfatizando o “espírito” da Lei e as intenções do coração (homem interior).
2. É preciso vigiar. No Novo Testamento, a primeira adição ao assunto está em Mt 5.27,28. O texto traduzido literalmente diz: “Mas eu digo a vós que, qualquer um que olhar para uma mulher para cobiçar após ela, já tem cometido adultério com ela em seu coração“. Na ocasião Jesus discursa sobre a fidelidade própria do reino. Em seu discurso faz a diferença entre moralismo externo e os desejos do coração. O caso de infidelidade conjugal no Antigo Testamento bastante conhecido é o de Davi: “E enviou Davi e perguntou por aquela mulher; e disseram: Porventura, não é esta Bate-Seba, filha de Eliã e mulher de Urias, o heteu? Então, enviou Davi mensageiros e a mandou trazer; e, entrando ela a ele, se deitou com ela (e já ela se tinha purificado da sua imundície); então, voltou ela para sua casa” (2 Sm 11.3-4).
3. Buscar a presença de Deus e não desprezar o cônjuge. O ensino de Cristo em Mateus 6.22-23 é que “O olho é a lâmpada do corpo. Se seus olhos forem bons, todo o teu corpo será cheio de luz. Mas se teus olhos forem maus, todo o teu corpo será tenebroso“. Diz ainda: “Não cometerás adultério. Mas eu vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher com intenção impura, já adulterou com ela em seu coração” (Mt 5.27,28). O início da derrocada é com um olhar, com um ouvir, com um cobiçar. Não são poucos os crentes que estão sucumbindo em adultério por não controlar seus instintos, por não possuir domínio próprio. A culpa que a infidelidade traz é contínua e infinitamente maior do que o prazer que possa proporcionar. O infiel não consegue mensurar as consequências danosas na vida de seu cônjuge. Na vida cristã, a infidelidade conjugal geralmente é resultado de um mix de fatores: negligência na vida de oração e falta de vigilância, vida carnal, conflitos no casamento, etc.
SINOPSE DO TÓPICO (I) O adultério é um grave pecado. Por isso, o cônjuge deve vigiar, buscar a presença de Deus e jamais desprezar o outro.
II. AS CONSEQUÊNCIAS DA INFIDELIDADE
1. Afastamento de Deus. A infidelidade conjugal é, sem dúvida, o fator mais destrutivo da união familiar. É tão séria que foi a única opção descrita por Jesus como tolerável, em um caso de divórcio, para que um homem se afastasse de sua mulher para se casar com outra (a esposa infiel era repudiada pelo esposo e vinha então o divórcio). A infidelidade conjugal é prejudicial à família e à relação com Deus. O Antigo Testamento mostra que a idolatria é comparada a uma infidelidade conjugal. Oséias, profeta de Deus, demonstrou em sua profecia a similaridade da traição de sua mulher, Gomer, com as traições de Israel para com Deus, motivo que fez com que Deus se irritasse muito com Seu próprio povo. As mais funestas consequências da infidelidade conjugal são: a destruição do lar e o afastamento de Deus. É evidente que o preço a se pagar por tal pecado é alto demais para aqueles que prezam por sua família e pela comunhão com Deus. Uma família bem estruturada tem seu preço, e da mesma forma uma família desestruturada. Que isso nos sirva de lição para que nos guardemos dos pecados sexuais e de suas consequências.
2. Morte espiritual. A pessoa infiel não consegue mensurar as consequências danosas na vida de seu companheiro. Cônjuges sentindo-se traídos em todos os aspectos, principalmente, na invasão de sua intimidade e de seu lar, de seu trabalho, dá vazão as suas piores reações. É onde, muitas vezes, ocorrem os chamados crimes passionais. No conhecido caso de adultério cometido por Davi, as consequências foram trágicas, pois culminou na trama da morte do marido de Bate-Seba, Urias (2 Sm 11.14-17). Davi foi cobrado pelo SENHOR por isso (2 Sm 12.14-19). Apesar do grande erro cometido, ao assumir seu pecado e demonstrar sincero arrependimento, a graça e a misericórdia de Deus se manifestaram em forma de perdão absoluto (2 Sm 12.13), isentando Davi das consequências legais de sua inflação: “Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera” (Lv 20.10).
3. Um lar despedaçado. A traição mata os relacionamentos mais lindos dessa vida; destrói a confiança. A traição dói, fere, machuca, é como uma faca afiada que despedaça de uma vez um relacionamento que foi construído aos poucos, muitas vezes, que levou anos. em sido o principal motivo de casamentos desfeitos, lares desestruturados, famílias destruídas. É por conta dessa triste realidade que as pessoas estão tão inseguras e desconfiadas hoje em dia. O amor tem se esfriado, as pessoas tem se tornado inseguras, instáveis, ressabiadas, desconfiadas. A realidade é que com toda podridão, vulgaridade e banalização do amor que temos visto, o medo da traição tem atacado igualmente homens e mulheres. Vivemos a era do descartável, a nossa mentalidade é “se não der certo, termina”, são os namoros just for fun, e isso é uma defraudação emocional conosco e com o próximo, pois, ao nos relacionarmos com alguém deixamos ‘marcas’ de nós naquela pessoa. A traição está diretamente ligada à falta caráter de uma pessoa, razão pela qual, ela tem perdão (é o que a Bíblia ensina), mas a possibilidade de reconciliação é opcional. A única carta magma de Deus para o divórcio é o adultério [http://estudos.gospelmais.com.br/traicao-voce-conhece-essa-dor.html].
SINOPSE DO TÓPICO (II) A infidelidade conjugal afasta a pessoa de Deus, mata a espiritualidade e dilacera o lar
III. CONSELHOS CONTRA A INFIDELIDADE
1. Fuja das tentações. Para não sermos alvos dessa situação, como diz o ditado da vovó: ” melhor PREVENIR que REMEDIAR”. Como prevenir? Sendo submissos ao Senhor pedindo-lhe orientação e discernimento diante das pessoas que surgirem em nosso caminho. Lembre-se: Jesus foi traído com um BEIJO. Nunca deixe alguém roubar de você aquilo que JESUS morreu para lhe dar: Alegria, Paz, esperança, vitória, estabilidade, liberdade, segurança e constância. É preciso ser prudente e evitar o mal. José, homem integro, foi traído friamente por seus irmãos, posto no poço e vendido como escravo, para depois ser concedido a Potifar, e, outra vez, ser maliciosamente traído por sua esposa. Foi posto na prisão, fez amizade com o copeiro do rei e mais uma vez conheceu o beijo da traição pois aquele homem quebrou a promessa feita na prisão e se esqueceu de José. Imagina a agonia, a dor, a aflição de José. Os anos passaram e José foi lembrado pelo Senhor e exaltado ao trono do Egito[http://estudos.gospelmais.com.br/traicao-voce-conhece-essa-dor.html].
2. Honre o seu cônjuge. É necessário que cada cônjuge compreenda a importância de seu espaço e o do outro dentro do casamento, a responsabilidade de cada um. Em que pese à redundância, o casamento deve ser solidificado num relacionamento de amor, amizade, intimidade, companheirismo, confiança e cumplicidade[http://www.rosangelatostes.com.br/artigos/60-a-infidelidade-conjugal.html]. A saída para evitar a infidelidade conjugal passa por diálogo sincero, humildade de ambos, marido e mulher, para aceitar dificuldades pessoais e procurar ajuda para resolvê-las, aceitar a limitação de todos os seres humanos para nos amar como sonhamos ser amados e aceitar o amor possível, parar de ter obsessão pelo outro, e aprender que homem e mulher são diferentes do ponto de vista comportamental o que produz a necessidade de aceitar as limitações pessoais e a compreensão de que o outro nunca poderá preencher todas as necessidades de cada um[http://www.esperanca.com.br/familia/casamento/a-infidelidade-conjugal-e-tambem-uma-maldade/]. A fidelidade conjugal traz honra a cada cônjuge. A mentira do mundo é que o estilo de vida, que consiste em se viver desregradamente como solteiro, é liberdade. Mas como é que isto é liberdade para a mulher cujo homem espera que ela compartilhe a sua intimidade e o apoie em sua vida, todavia ele pode ir em frente se ele encontrar uma pessoa mais bonita, mais amigável, mais agradável? É isso liberdade para o homem cuja mulher compartilha de seu coração, dá ânimo a seus dias, dá alegria à sua alma, todavia ela pode ir em frente se algum outro homem mais excitante, mais bonitão ou mais rico aparecer? Não! O casamento oferece fidelidade e permanência em troca de companheirismo, amor, intimidade, apoio e amizade. O casamento é a maneira venerável de tratar um ao outro. O casamento livra da tirania da incerteza. Por ventura é alguma maravilha que tantos homens e mulheres estejam ansiosos ou sofrendo, considerando que eles estão aprisionados na “liberdade” do não-compromisso? [http://solascriptura-tt.org/VidaDosCrentes/VidaAmorosa/Divorcio1-LeisDeusContraEle-VLondini.htm]
3. Aprecie seu conjuge. Não são poucos os crentes que utilizam a desculpa da “espiritualidade” para se desvencilharem de suas obrigações conjugais. Paulo deixa claro que essa atitude tem uma implicação séria: a tentação de satanás. “Não vos negueis um ao outro, a não ser de comum acordo por algum tempo, a fim de vos consagrardes à oração. Depois, uni-vos de novo, para que Satanás não vos tente por causa da vossa falta de controle” (1Co 7.5). Paulo deixa claro que a abstinência sexual das pessoas casadas devem seguir estes princípios: Deve ser de comum acordo, ou seja, o casal deve concordar com essa abstinência, ou ela não poderá acontecer; deve ser temporário, ou seja, não pode ser por toda a vida; deve ser para que a pessoa se dedique à oração, ou seja, um propósito específico e elevado. A consequência de não se respeitar esses princípios é ser alvo da tentação de Satanás. Imagine a situação: se andamos com Deus e ainda assim somos tentados, quem dirá se abrirmos a guarda e dermos motivos para que o tentador nos ataque. Portanto, que isso fique claro: atender ao nosso cônjuge em suas necessidades sexuais faz parte de nossa obrigação também diante de Deus, e nos resguarda de tentações satânicas na esfera sexual. Portanto, fuja desse tipo de tentação, compreendendo seu cônjuge e honrando-o em suas necessidades afetivas [SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO - A infidelidade conjugal].
SINOPSE DO TÓPICO (III) Alguns conselhos contra a infidelidade no matrimônio: fuja das tentações; honre o seu cônjuge e o aprecie.
CONCLUSÃO
Muitas famílias têm sido destruídas por causa da infidelidade conjugal. Para que haja uma restauração da confiança é necessário haver dedicação e compreensão, evitar cobranças constantes e quaisquer pressões. Não são poucos os casos de infidelidade conjugal na Igreja. Para os irmãos em Cristo que já experimentaram essa dor, é preciso pensar sempre que, se quiser realmente reconstruir o que se quebrou, além do perdão, é necessário resgatar as raízes que os levaram a dar o passo inicial do casamento, relembrar o que os aproximou, as qualidade de um de e outro, os defeitos de ambos que ao longo dos anos foram se acostumando, ou foram exterminados ou remodelados, a cumplicidade. Não há dúvida alguma que a vontade do Pai celestial nos casos de infidelidade conjugal, onde o arrependimento da parte infiel é notório e verdadeiro, é a liberação do perdão. O próprio Deus foi vitimado pela infidelidade de Israel: O relacionamento entre Deus e Israel é frequentemente comparado a um contrato matrimonial (e.g. Is 54.5; Jr 3.14; cf. Ef 5.22-32). “Desviando-se do Senhor”, a fim de adorar aos ídolos, Israel foi considerado por Deus como um caso de infidelidade ou prostituição espiritual. O casamento de Oséias deveria ser, portanto, uma lição prática para o infiel Reino do Norte. (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1273). Nunca deixe alguém roubar de você aquilo que Jesus morreu para lhe dar: Alegria, paz, esperança, vitória, estabilidade, liberdade, segurança e constância. O relacionamento errado do homem com Deus gera uma degradação de relacionamentos humanos. Se não tivermos um relacionamento correto com Deus provavelmente não encontraremos satisfação e contentamento em nenhum outro relacionamento humano. Onde há Deus, há esperanças, Ele é a receita para os relacionamentos saudáveis.
NaquEle que me garante: “Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),
Graça e Paz a todos que estão em Cristo!
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