Aos 23 anos, ele resolveu abandonar a carreira de advogado e se tornar monge. Ele foi ordenado sacerdote em 386. Durante os doze anos de seu ministério em Antioquia, ele ganhou popularidade por sua eloquência como pregador e como orador, especialmente por suas exposições claras de passagens da Bíblia e por sua pregação moral.
Crisóstomo enfatizava a necessidade de fazer caridade e demonstrava preocupação com as necessidades espirituais e temporais dos pobres. Ele também falava contra os abusos no que se refere às riquezas e as posses. Sua compreensão clara das Escrituras fazia que os temas de suas prédicas fossem muito práticos, e ele explicava a aplicabilidade da Bíblia nos assuntos do dia a dia.
Quando Cristóstomo tinha 49 anos, sua imensa popularidade levou-o a ser indicado como Patriarca de Constantinopla. Todavia, sua vida como patriarca assumiu um rumo tumultuoso quando sua campanha contra os excessos e a opulência ofendeu muitos dos ricos da nobreza e do clero.
Teófilo, Patriarca de Alexandria, se opôs ao fato de Crisóstomo se alinhar aos ensinos de Orígenes. Outra oponente de Crisóstomo foi Eudóxia, esposa do Imperador Arcádio. Eudóxia se ofendeu pessoalmente com algumas das denúncias de Crisóstomo contra a extravagância. Em um de seus sermões, ele comparou Eudóxia a Herodias e a Salomé, que contribuíram para a execução de João Batista.
Os inimigos de Crisóstomo, incluindo Teófilo e Eudóxia, conspiraram contra ele. Eles reuniram um concílio em 403 que resultou em seu banimento para o Cáucaso, na Armênia. Apesar de sua expulsão, Crisóstomo continuou a escrever cartas que exerciam grande influência em Constantinopla. Tempos depois ele acabou sendo enviado para o exílio em Pitsunda (Geórgia), mas morreu na viagem, e nunca alcançou seu destino. Afirma-se que suas últimas palavras foram “Glória seja ao Deus de todas as coisas”.
Fontes: www.chrysostom.org, ocafs.oca.org
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